Os moradores do Campestre do Menino Deus, em Santa Maria, resolveram dar o exemplo e colocar a mão na massa. Na segunda-feira, uma turma de nove pessoas realizou a limpeza das margens do Rio Vacacaí, na ponte da Aruanda do Xangô. No meio do caminho,muito entulho e descarte irregular de lixo: cadeiras, sacolas plásticas, garrafas PET, restos de animais mortos e até um armário foram encontrados. Ao todo, 14 sacolas de lixo foram recolhidas.
Leia mais notícias da coluna Diário nos Bairros
Nós resolvemos fazer a nossa parte e retirar o material dos lugares mais críticos. Aqui perto, nós temos a lixeira comunitária, que sempre foi uma reivindicação nossa. Mas as pessoas não têm o costume de separar o lixo. Aí, o recicladores acabam abrindo as sacolas e deixam os restos no chão. Qualquer vento leva tudo para a água. Vem uma chuva forte, e a enxurrada leva tudo explica João Vargas, presidente da associação comunitária do bairro.
A iniciativa, que ocorre pela segunda vez, tem por objetivo conscientizar os moradores do local, que frequentemente descartam lixo da maneira errada.
Está muito feio isso aqui, em muito lixo. As pessoas precisam entender que isso tudo é nosso. Depois, como vai ser o futuro das crianças, com tudo sujo? Eu mesma já vi gente estacionando o carro e colocando sacolas de lixo nos barrancos. É um absurdo questiona Kátia Rosângela da Silva Santos, uma das voluntárias.
Mutirão no cemitério. Foto: João Vargas / Arquivo Pessoal
Na semana passada, o grupo realizou um mutirão no Cemitério Campestre do Menino Deus. Do local, foram retirados 32 sacos de lixo, contendo latas, garrafas PET e vasos velhos de flor que acumulavam água da chuva.